17 de setembro de 2025
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Rozenha critica operação da Polícia Federal em Humaitá: ‘Situação mais truculenta, mais desrespeitosa, mais desumana’

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Foto: Beatriz Pereira
Foto: Beatriz Pereira

Em pronunciamento nesta terça-feira (16/09) na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado Rozenha (PMB) classificou como “a situação mais truculenta, mais desrespeitosa, mais desumana dos últimos anos” a operação da Polícia Federal que destruiu embarcações usadas em garimpo no trecho do Rio Madeira entre Humaitá e Manicoré.

Rozenha cobrou explicações sobre a ordem judicial que autorizou o uso de explosivos, questionou a proporcionalidade das ações e pediu que as autoridades avaliem os impactos sociais e ambientais causados às comunidades ribeirinhas. “Parece o Vietnã. Parece o Armagedom. Para que colocar em risco as pessoas?”, disse o parlamentar.

A Polícia Federal informou que a ação, integrada por PRF e Força Nacional e coordenada pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia), resultou na destruição de mais de 70 dragas no Amazonas. A PF afirmou que a medida faz parte de operações iniciadas em 2023 para combater a extração mineral ilegal e seus danos ambientais.

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A Defensoria Pública do Amazonas chegou a pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a suspensão temporária do uso de explosivos nas operações, alegando riscos à população e ao meio ambiente; porém, o relator no STJ negou a liminar, apontando a complexidade do tema e a necessidade de análise mais aprofundada do caso.

O uso excessivo da força durante a operação também chegou a Brasília. Parlamentares no Congresso cobraram esclarecimentos imediatos do Ministério da Justiça e Segurança Pública: a Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou o envio de pedido urgente de informações sobre a operação, classificando as imagens como de “grande impacto social e ambiental” e solicitando relatórios técnicos sobre os procedimentos adotados.

Na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), os parlamentares repercutiram com críticas a forma da ação. O deputado Rozenha deixou claro que não é contrário ao combate ao garimpo ilegal, mas questiona métodos e prioridades.

“Não quero discutir a ilegalidade do garimpo no Rio Madeira. Eu quero discutir a truculência. Essas pessoas operam um garimpo manual, com limite de seis polegadas. A operação não prendeu sequer um traficante”, afirmou.

O deputado cobrou responsabilização, maior transparência sobre os alvos efetivamente desarticulados pela operação e medidas compensatórias para as comunidades afetadas.

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